Pronunciamento
do Dia da Proclamação da
Independência do Brasil
Independência do Brasil
Na E.E. Ver. Elísio de Oliveira Neves
Sr.
Diretor,
Vice-diretora,
Caros
colegas professores,
Prezados
alunos e toda a comunidade escolar,
Estamos
aqui para fazer memória a um dos mais importantes fatos históricos de nosso
país: A proclamação de sua Independência, que completa amanhã seu 191º
aniversário.
Em
9 de dezembro de 1821, D. Pedro de Alcântara de Bragança recebeu os Decretos da
Corte portuguesa, determinando, dentre outras coisas, seu imediato retorno à
Portugal, a extinção dos tribunais do Rio de Janeiro e a obediência das
províncias à Lisboa.
Já
quase conformado, preparava seu regresso, tendo, porém, instaurado uma grande
inquietação. Foram movidos por esta inquietação, que o Partido Brasileiro, José
Bonifácio e todos aqueles que não queriam uma recolonização, articularam-se
para convencer o Príncipe a permanecer no Brasil. Após receber as
representações e cartas, D. Pedro decide ficar, desencadeando um forte apoio
popular.
No
final de agosto de 1822, D. Pedro dirigiu-se à província de São Paulo para
resolver uma situação, depois de uma rebelião contra José Bonifácio. E em 7 de
setembro, ao voltar de Santos, parado às margens do rio Ipiranga, D. Pedro
recebeu uma carta com ordens de seu pai, dizendo que voltasse para Portugal, se
submetendo ao rei e às Cortes. Vieram juntas outras duas cartas, uma de José
Bonifácio, que o aconselhava a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria
Leopoldina de Áustria, apoiando a decisão do ministro.
Diante
das circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa frase “Independência ou
Morte!”, rompendo os laços de união política com Portugal. Culminando o longo
processo da emancipação, a 12 de outubro de 1822, o Príncipe foi aclamado
Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1 de dezembro na Igreja
de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
Hoje,
caros cidadãos desta pátria, também se faz necessário ressoar não somente ao
nosso redor, mas dentro de cada um de nós este mesmo brado de independência.
Em
nossa sociedade paira uma ideologia, caracterizada pelo individualismo, pelo
preconceito muitas vezes maquiado, pelo descrédito à Política, por uma inversão
de valores que apregoa a supremacia do indivíduo em detrimento do coletivo,
fazendo-nos esquecer de que somos naturalmente dependentes uns dos outros, que
nossa felicidade só é possível na medida em que estabelecemos um ambiente
saudável de convivência.
É
diante de tais situações, em meio a tantas outras, que precisamos gritar como
D. Pedro: “Independência ou morte!”, no intuito de rompermos com nossa omissão
e comodismo.
Não
podemos nos contentar, nem aceitar os delitos que alguns políticos realizam,
permanecendo impunes, devido a uma justiça paradoxalmente injusta. É verdade. Mas,
também, não podemos cobrar-lhes uma postura ética, esquecendo que nós também
devemos agir de forma coerente.
Não
é abrindo mão de nossa participação política que vamos mudar alguma coisa para
melhor, mas tomando sobre si uma responsabilidade compartilhada desta mudança,
começando pelo ambiente que estamos, é que estaríamos transformando uma
realidade de forma condizente com o que esperamos.
Hoje,
caros concidadãos, somos conclamados não por uma pessoa, mas por uma
necessidade que abrange toda a sociedade e a vida de cada um de nós em
particular, a repensarmos nossa postura omissa diante de uma realidade com
tanta discriminação, tanta violência e tanto desrespeito.
Fazermos
memória à Independência do Brasil, deve nos reavivar o desejo de buscar uma
sociedade mais justa. Um lugar onde cada um é consciente da responsabilidade
que tem sobre a criação de um ambiente que favoreça o bem comum. E isto começa
aqui, no agora e conosco.
Muito
obrigado.
Weslay Araújo Maia
Prof. de Filosofia
Educação Básica
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